quarta-feira, novembro 28, 2007

Secuwash

Estávamos todos refastelados no sofá, quando a avó surge do nada e começa a resmungar connosco, ainda não sei bem porquê!
- Cambada de pestilentos preguiçosos, … vocês não fazem nada, estão é ficar uns bons sedentários!
- Mas avó?, ainda à bocado fui buscar de beber! Dizia o Paulo à avó e com razão, pois já não tínhamos sede, quando esta dá um passo mais em frente e Spaf…, mais uma mão cheia na cabeça do Paulo que até deslocou a Íris. Ela era a menina dos olhos da avó.
- Vocês não percebem mesmo nada de nada pois não?
- Não avó, não percebemos mesmo nada. Disse logo de seguida para cairmos nas boas graças da avó. E não é que fomos cair direitinhos na boa graça da avó! Foi na boa e de graça que ela nos deu o Tommy Lee, …nas canelas.
- Têm é que fazer algum exercício para mexer os músculos e ficarem como eu assim em forma. Tudo lá para fora que vamos jogar ao Secuwash.
Chegamos lá fora, cheios de curiosidade e mortinhos pelo jogo novo da avó, quando nisto olhamos em volta e?..., onde estava a avó? Já estávamos a ficar inquietantes e nervosos quando nisto o Filipe diz:
- Ali, olhem, a vir pelo canto da casa!
E o que é que os nossos olhos viram que não podiam acreditar? Uma sombra com o formato de uma pessoa mas que segurava em algo por entre as pernas, pelo menos era o que a nossa imaginação nos dizia ou que queria deixar só para ela.
- Não pode ser!!!, a avó tem…, tem…, …. Gaguejava o Filipe qualquer coisa quando foi interrompido.
- Nem penses em acabar essa frase! Gritava a avó quando surgiu do canto da casa a segurar uma bruta de uma mangueira a jorrar água por cima de nós, estilo mangueira de bombeiro. Escusado será dizer que o Filipe como estava mais à frente, foi o primeiro a levar nele, no corpo é claro, fazendo assim um efeito leque. Até surgiu um arco-íris que apontava para o pote da avó (ainda não sei bem porquê), espalhando por tudo e por todos a bênção da avó.
- Mas avó?, disse eu a escorrer água por orifícios que nem sabia que tinha. Não era para jogar o tal de Secuwash?
- Exactamente. Mas agora que estão wash à que correr à volta da casa para ficarem Secu. Vá, toca a mexer esses palitos.
Só ouvimos um estalar no ar e algo no nosso íntimo (para não disser nas nossas costas) dizia-nos para não pararmos de correr. Isso, ou o agitar daquela mangueira demoníaca, que juro que tinha olhos pois não havia uma que passa-se em branco.
Jaime

segunda-feira, outubro 29, 2007

História

Estava eu com o Paulo a estender a roupa, quando nos deparamos com a roupa interior da avó. Neste caso específico, uma cueca. Tão grande, tão grande, que dois anões podiam usa-la como saco cama. Logo começamos a usar a imaginação que tantas vezes nos colocou em sarilhos:
- Behold a Cueca do Abysmo! Onde o simples mortal se pode perder. Perante vós, o projecto BlairCueca.
- Escondido na Área Cueca 51, no Novo México, onde se bebe Cueca-Cola…
- Sim a beberagem trazida pelos extraterrestres ainda no tempo dos dinossauros, na era do Parvalholitico… aquela em que viveu o homem de Cromo-nhon…
- A era do Pimbalhótico veio logo de seguida, marcada pelo maior animal de todos os tempos: o Dinomeira!
- Sim nessa altura caminhava na terra o Homem-non-sapiens-nada.
- Era o Sapien-come-tudo, mais conhecido por Sebastiansapiens-come-tudo-tudo-tudo…
- Sim, esse mesmo, o que ficou extinto numa manhã de nevoeiro…
- Isto tudo devido à era dos Crustáceos, em Vigo…
- Embora haja quem defenda que foi por causa das grandes superfícies que começavam a despontar, tipo o El SharonStonenge Inglès…
- Era um consórcio entre Espanha e Inglaterra, até que o espanhol se chateou e quebrou a sociedade com o argumento: estás siempre nel corte, inglès!
- Os espanhóis também surgiram na época do Parvalhólitico… e os ingleses…
- Acho que ainda nem saíram dessa época…
- Depois começou a rebaldaria, com o surgimento da antepassada da Pamela, no Badalholítico
- Sim, na época das marés vivas…
- Ahhhh, a época das marés vivas e do playboytivialismo…
- Onde se desenvolveu o FiodeNeandertal…
- O que levou a ascensão dos Tugas e aos descobrimentos. Sempre em busca de marés nunca dantes navegadas, nos seus barquinhos: Os Caramelos.
- Sim, corria-lhes tudo bem, até navegarem pelos mares do sul... derreteram, naufragaram e encontraram o Brasil, para onde se enviou o Roberto Coração de Leal para combater os mouros, mas não funcionou porque eles devolveram-no, não que porque não houvessem lá mouros, muito pelo contrário, mas o povo brasileiro preferia o mal menor.
- Depois veio a queda do Império Português de um precipício, ficou conhecida pela Choc-a-pique (choc-a-piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiique)…
- Afinal, ainda percebemos algo de história…
- Bastante…
- Somos uns eruditos…
- Ok, já chega! Posso saber o que fazem vocês com as minhas cuecas na cabeça? Acho que estou a prever a extinção de mais uma espécie…
PAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAFT!
Bateu e não foi levemente... quando pudemos ver: era a avó…

Paulo & Filipe

terça-feira, outubro 02, 2007

Paintball (Caça ao Jaime)

Naqueles dias, andávamos nós a brincar com a prenda que a avozinha nos tinha oferecido pelo Natal. Foram as prendas mais fantásticas que podíamos ter tido desde as cordas para bungee jumping. É claro que na altura a avozinha não teve dinheiro para nos providenciar aquelas cordas todas kitadas que os profissionais usam. A avó tinha-se decidido por algumas amostras de diferentes cordéis que encontrara ao desbarato na drogaria da esquina e que variavam entre finos fios de nylon, cordas para estender roupa e até um cabo de aço que calhou na sorte ao Emiliano. Alguns dos netos até ganharam alcunhas depois dessa quadra, por exemplo, o agora conhecido por Emiliano-de-baixo e Emiliano-de-Cima, o Asdrubal Splut, o Quim Panqueca, etc.
Neste último Natal, a avó conseguira enganar o IRS e também uma série de outras pessoas e instituições e adquirira o presente da moda. Armas e equipamentos de Paintball. Só ficaram mesmo a faltar as bolinhas de tinta, pelo que optamos por usar pedrinhas e berlindes. Doíam um bocadinho mas davam mais pica.
Depois de termos feito inúmeros jogos diferentes, votamos por unanimidade (eu, o Berto e o Filipe) numa outra modalidade a que chamamos de Caça ao Jaime, mas para o jogar tivemos que definir alguma regras para que o jogo fosse justo.
Berto: Já sei! Ele foge pelo apartamento armado com um cotonete.
Paulo: Um cotonete?
Filipe: Pode levar também Hirudoid… ou álcool…
Paulo: Isso pode ser perigoso…
Berto: Hmmmm bem visto... um palito dos dentes... rombo e partido ao meio.
Filipe: Ao meio? 1/3 acho que é o ideal…
Berto: Sim... sim és capaz de ter razão... e não vale atirar o palito!
Paulo: Sim, e já agora fica amarrado ao pulso dele com uma corrente de 50kg!!!
Berto: Isso e também preso ao pulso e ao pescoço.
Filipe: Com uma bola de ferro no tornozelo.
Paulo e Berto: Isso! Acho que assim temos desafio…
Berto: E só vale apontar-mos para a zona pélvica.
Paulo: Vale em todo o lado, mas dá mais pontos nessa área e nos olhos (que ele não pode usar máscara).
Berto: Claro que não! Para quê mascara? Ele já é feio que chegue.
Tudo o que era necessário, estava a postos: Um Jaime de palito e algemado, acorrentado, amordaçado, vendado e também, oito netos sedentos de acção.
O jogo era bastante simples e jogámo-lo com frequência durante vários meses. Até que um dia descobrimos que havia alguém mais a entrar no jogo, e não eram os outros vinte e cinco netos que tínhamos recrutado para a difícil tarefa de caçar o Jaime. Muito pelo contrário. Os netos desapareciam misteriosamente… Corriam rumores de que um ser semelhante à avozinha, mas com um caranguejo na cabeça tinha sido avistado no corredor entre a casa de banho e o quarto de hóspedes com um cinto de guerrilheiro, lenço a servir de burka, cajado hi-tech retráctil e mais duas armas penduradas nas costas…
Ao início ignoramos os boatos, até descobrirmos que alguém andava a coleccionar as caveiras dos netos desaparecidos (aquelas de borracha que saíam nos Corn Flakes). Todos temiam a visão dos três pontos a brilhar... significava que o lampião avariara de novo…
Antes do desaparecimento de algum neto ouvia-se aquele clac-clac inconfundível, um ruído tão estranho que parecia ser alienígena. O ruído do predador invisível que nos detectava pela emanação de calor…
Ouvíamos Clac-clac-clac, e sabíamos que ela estava perto. Coberta pelo lenço negro e o avental. O camuflado perfeito para passar despercebida numa cozinha antiga. Clac-clac-clac. O ruído do ajeitar da dentadura escorregadia era tenebroso… PAFFF! PAFFF! PAFFF! E iam assim, um a um, sendo derrotados todos os netos. Ela ganhava sempre. E o Jaime cheio de hematomas e dores no corpo divertia-se a gozar connosco e chamava-nos de perdedores… Sortudo que ele era. Nem o alien que foi lá a casa jogar também, teve alguma sorte. Levou cacetada como todos os outros… Sabem de quem estamos a falar, certo? Aquele cinzentinho que voava numa bicicleta…
Um dia recebeu uma mensagem no atendedor de chamadas: “ET, phone home”. Preparava-se o rapazinho extra-terrestre para retribuir a chamada quando levou semelhante trolitada que ficou a ver as estrelas todas da sua galáxia. Era a avó:
Já estou farta de te dizer que se queres falar com os teus pais usa o TEU telemóvel. Sabes quanto estão a custar as chamadas inter-galácticas?
Berto & Paulo

sexta-feira, agosto 17, 2007

Férias

Este ano, decidi partilhar convosco algumas fotos das férias de há muito, muito, muito tempo...


Meninas only

Netos only

Todos only

Only Jaime (partidinha)



Paulo

terça-feira, julho 10, 2007

Toda a verdade sobre os… Metallica

Estava a avó a adormecer-nos, terminando de tocar o “Sympathy for the Devil”, numa imitação perfeita de Mick Jagger – demorou cerca de quinze minutos a meter a língua para dentro e fechar a boca, e uma vez mais entusiasmou-se, saltou de cima da cadeira, furou o amplificador com a guitarra, partiu-a contra o chão, lançou-a contra a testa do Emiliano enquanto berrava como uma louca para delírio dos presentes que choravam de emoção. Ela chegou mesmo a tirar as cuecas e enfiá-las na boca do Jaime para o calar dizendo: “Isto é bem melhor que um autógrafo ou uma t-shirt”.
Pegou num garrafão de água despejou pela sua cabeça abaixo acendeu um cigarro e atirou-se de costas fazendo moche para cima de um grupo de netos que por alguma razão não mais voltamos a ver…
Depois de muito ser carregada pelas mãos dos seus netos pela sala e caminhar pelas suas cabeças, só quando tombou com um baque surdo (TUNK) no chão, pertinho de nós é que notou que algo não estava bem…
“Ó seus #$%&&@ porque é que ninguém me agarrou?!?”
E lá estava, era o Jaime que estava distraído com os headphones a ouvir o seu ranchinho favorito: As Vozes da Cova.
A avó agastada com tal demonstração de anormalidade e monstruosidade, deu-lhe uma cacetada: PTANK!
“Isto fez-me lembrar a primeira banda que eu tive, com o Zé Pifle, o Maneta Guitarrista e o Manel Panderetas… Ah, ainda me lembro, quando começamos, não tínhamos bateria, então usávamos a perna de latão que o Maneta Guitarrista tinha (esse era o nome artístico, o seu verdadeiro nome era Freddy Mercúrio), assim, aqui a avozinha era a vocalista, o Zé Pifle tocava viola baixo (baixo porque o volume do amplificador não funcionava lá muito bem), o Maneta guitarrista tocava solos (era fanático do starwars) e o Manel Panderetas tocava na perna do Maneta.
Tudo apostos, na primeira reunião, queríamos decidir que tipo de musica iríamos tocar, e tivemos algumas divergências: o Manel disse que gostava muito de tecno-punk-fado, e o Zé era mais coro de igreja com black metal, o Maneta era surdo, portanto para ele qualquer coisa servia, e como era mudo, também não se podia queixar. Eu queria uma sonoridade diferente, algo que fosse tipo marselhesa com rancho e uma mistura de batuque neo-zelandês, mas mais refinado. Por fim, não ficou parecido com nada disso, primeiro porque nenhum deles sabia tocar e também porque mais tarde, quando a perna se amassou, fomos obrigados a trocá-la por latões do lixo. O novo movimento musical ficou conhecido como Trash Metal Can (o Can foi abandonado pois as bailarinas de can-can, não paravam de enviar candidaturas para a banda).
Éramos também a primeira banda de celeiro (não haviam garagens), e como tal, toda a gente se queixava dos gritos de dor que saiam dos instrumentos musicais. Fomos obrigados a acolchoar o celeiro todos com caixas de ovos vazias, só que nem sempre estavam vazias, e por vezes os ovos saltavam de todo o lado com o barulho, daí o primeiro single, "flying omelet ", que foi um tremendo de um sucesso no underground. No underground, porque nem tudo foram rosas, pois o single fez sucesso, quando fomos expulsos pelas galinhas, que reclamavam dos malefícios das músicas para os seus filhos e ao mesmo tempo exigiam royalties, o que nos obrigou a ir para os subterrâneos. Nessa altura, o Maneta afundava-se no vício... comia gelatina de limão como louco. Ninguém podia contar com ele, nem para ensaios, nem para concertos, por vezes encontravam-no caído nos becos a cada overdose (isto, porque ele comia a gelatina sempre até ao fim). Até que foi trocado pelo Mustaine que tinha um temperamento muito mais brando e fácil de lidar. Logo de seguida entrou também o Lars, para trocar aquele som de latão da bateria por um som... simplesmente de lata. Pouco tempo depois, o Lars chateou-me tanto por causa da barbie que despedi o Mustaine, mas principalmente porque me disseram que para o seu lugar vinha o Kirk, e eu pensando que era o Kirk Douglas, aceitei… Acabamos por trocar também o Zé pelo Cliff, que infelizmente mais tarde foi substituído, pelo Jason, e agora temos outro, que nunca sei o nome.
O James, ninguém sabe de onde veio… (desconfiaram durante muito tempo que era eu muito mal disfarçada – até hoje, principalmente com a barba grande).
O nome Metallica, surgiu porque eu parecia de ferro, bebia, fumava, levava porrada de toda a gente, mas ficava sempre de pé, então o pessoal quando me via gritava:
Olha, vem aí a Metallica!

Pois é, como vêm a avozinha está ligada a uma das maiores bandas da actualidade. Só grandes músicas… vou tocar-vos algumas do último álbum:
PTANK, PTANK, PTANK, PTANK, SAINT ANGER, PTANK, PTANK PTANK
e depois…
PTANK, PTANK, PTANK, PTANK, SHOOT ME, PTANK, PTANK PTANK
e ainda…
PTANK, PTANK, PTANK, PTANK, TICK-TOCK, TICK-TOCK, PTANK, PTANK PTANK
A banda melhorou bastante depois de álbuns fraquinhos como o “Master of Puppets”, do “…And Justice For All…” e até do “Black Álbum”. Agora sim, faz lembrar os bons tempos em que usávamos como bateria a perna do Maneta…

É como vos digo netinhos: Melhor que Amália só Metallica!

Povo que lavas no riooooo PTANK, PTANK, PTANK, PTANK, que talhas com teu machado as tábuas do meu caixão, PTANK, PTANK, PTANK, PTANK

Paulo & Filipe

terça-feira, junho 19, 2007

O Cogumelo-Mágico-Mas-Não-Muito

Eu (Filipe) e o Paulo (Paulo), ficamos um dia encarregados de tomar conta dos outros netos da avó (ela tinha ido salvar o mundo, ou tentar destruí-lo – dependia do humor com que acordava), quando decidimos entretê-los, contando-lhes uma aventura da avozinha, que ela por sua vez já nos tinha contado a nós. Então amarramo-los todos às cadeiras e começamos em uníssono (quase que adormecíamos):
Era uma vez... numa terra muito perto, tão perto que se tropeçava constantemente nela, e lá existia um cogumelo-mágico-mas-não-muito, guardado por um terrível dragão anão, cegueta, muito velho, sem dentes e que já não cuspia fogo (utilizava um maçarico, que não tinha gás).
O cogumelo-mágico-mas-não-muito, encontrava-se na parte mais baixa da torre onde toda a gente o podia ver facilmente. Encontrava-se fechado numa redoma do mais puro vidro dos chineses e cuja chave se encontrava metida na fechadura e por isso ninguém conseguia abrir a porta...
Claro, para abrir a porta tinha-se que rodar a chave para a direita, mas ninguém se lembrava disso… Jamais, e é então que surge o mágico, que era um velho anão desdentado (parece-me que já havia outro personagem parecido). Ele era mágico porque com o único dente que possuía, conseguia abrir uma lata de cerveja, ainda que naquela altura não existissem latas de cerveja, e não era por falta de latas, mas ninguém sabia para que servia a cerveja.
Um dia, o anão desdentado (o mágico) tentou falar com o dragão (dragão), mas era impossível, pois sem dentes não se percebia népias do que dizia (e não adiantava de nada, o dragão também era surdo) e só possuía uma asa (que era surda também). De qualquer modo, ele também era mudo, e a vizinha dele não lavava os pés, o que apenas alimentava cada vez mais o poder do cogumelo-mágico-mas-não-muito, que afinal não era um cogumelo, mas sim um fungo.
O povo passava por ele exclamava: olhó cogumelo-mágico-mas-não-muito. E ele respondia baixinho fungo-mágico-mas-não-muito, fungo-mágico-mas-não-muito… Raios!! Estou farto de os corrigir... gostava de ver se os chamassem de... homo-sapiens-mas-não-muito-sapiens. He!He!He!He!
E foi então que um dia começaram a chover folículos (seja lá o que isso for, foi o que percebemos quando a avó contou) do céu e então o mágico mandou chamar a avó que ainda não era desdentada, nem surda, nem cega, e já tinha lavado os pés uma vez na vida. Ela, feita estúpida foi ter com ele.
Quando chegou ao pé do mágico (ele tinha um pé maior que o outro – bem maior) ele disse-lhe tens que ir à torre apanhar o cogumelo-blá-blá-blá, mas para tal, terás que abrir a porta da torre baixa, e para isso, primeiro terás que conjurar um demónio (e pode ser em lume brando), para enganar o duende do fundo da montanha que por sua vez assobia ao seu dragão que chama o papão que acorda a criancinha que deverá escrever uma carta ao pai natal pedindo-lhe que lhe diga onde está a chave que ele tinha escondido debaixo do tapete da porta, mas que agora está na fechadura à vista de todos, e que ninguém sabe que é preciso rodar para a direita. Mas antes…, Antes ainda terás que conseguir as Trompas de Falópio de uma virgem escuteira com as mm… mm, ora, bem avantajada, chamada Pamela senão vai acontecer algo terrível. Quase tão terrível quanto a extinção das chiclas super gorila.
E a avozinha respondeu: Hein? E o mágico (mudo, desdentado e anão) retorquiu: Tu (velha-feia) busca cogumelo-blá-blá-blá ou arranco-te o esmalte dos dentes à estalada. Ao que a avozinha respondeu: Hein? E de seguida (censurado, dor, dor, censurado) e a avozinha toda torta e rebentada no chão tentando abrir um olhito disse de novo: Hein?
O mágico encolheu os ombros e começou de novo a explicar à avó a sua missão até que esta gritou: EUREKA!!!
E o mágico animado perguntou: Já percebeste?
Hein? Nahhhh! Expeli uma coisa que está viva… Finalmente! Ou não… Olha, afinal está morta, dooooh…
Foi então que apareceu a Eureka, desvairada como de costume e disse: Chamaram? Olhou para a coisa que a avó tinha expelido e quis adoptá-la, mas o mágico disse: Não vale a pena... Está morta. A Eureka não teve remédio senão suicidar-se e nunca mais ninguém a viu.
Dizem que está enterrada ao pé do cogumelo(fungo! Ó palhaço)-mágico-mas-não-muito, e por causa disso a avó e o mágico anão foram para os copos, expelindo-se para o cogumelo, para a chave e até para a Pamela.
Xaraaaaaa!
The End…

Filipe: Ganda história!
Paulo: Pois é!
(silêncio)
Paulo: Nahhh! Estávamos a brincar…
Filipe: Claro que isto não acaba assim de uma forma tão parva…
Paulo: No final eles foram para os copos e levaram a Pamela – Precisavam de um suporte para copos. The End.
Filipe: É, assim está bastante melhor…
Paulo: Achas? Eu ainda penso que devíamos ter incluído o Colosso de Rhodes…
Filipe: Pronto! Quem serviu os canecos foi o Colosso de Rohdes! The End.
Paulo: Mas, mas… Falta também um bocadinho de erotismo para aumentar o interesse…
Filipe: Pronto! O Colosso estava nu. The End.
Paulo: Nahhh isso é hard-core, quando muito estava em lingerie…
Filipe: OK, Era um colosso travesti…
Paulo: Daí ele parecer tão grande... era drag-queen. Em cima daquelas chancas qualquer um parecia um colosso…
Filipe: Eram as chancas-mágicas-mas-não muito…
Paulo: Ok! Ok! Chega! THE END!
Uff!!
Filipe: Ganda história…
Paulo: Podes crer, a nossa ainda foi melhor que a da avozinha…
Filipe: Pois, pois, e já dizia a avozinha: Assim do pé para a mão, a diarreia mais espontânea é a que pior cheira…
Paulo: Ela dizia isso?
Filipe: PAFT! Shhhhhhhh… Cala-te!
Paulo: (censurado)

Filipe & Paulo

quinta-feira, maio 31, 2007

A Queda dos Jedais (conto popular)

Ora toda gente sabe que vão-se os Jedais e ficam os Sites. Velho ditado popular. Mas ora vejamos donde surge tal crença popular, disse-nos a avó…
Há muito muito tempo, numa galáxia muito, muito distante…
Havia o Aniki Bóbó, que era um puto de rua, que gostava muito de ter um iPode, mas não podia, porque a sua mãe era escrava de um tipo com asas.
Entretanto pararam lá na rua uns Jedais que escoltavam uma princesa chamada Padmé de Aljubarrota, que estava tentar impedir que as grandes cadeias de pão-quente lhe tomassem a padaria à traição. Eles tinham furado o pneu da nave espacial e enquanto descobriam onde tinham enfiado o macaco (estava no nariz do piloto), encontraram o garoto.
Lá o levaram ao conselho, mas o chefe deles ficou verde e mirrado pelo cheiro emanado pelo garoto. E disse que não o queria mais por perto. Mas o Klin-Gon (um dos Jedais) era teimoso e como sofria de sinuzite não sentia o cheiro e adoptou-o, mas morreu logo depois pelo sabre do Dartamole, que por sua vez foi morto pelo ex-pádáuan do Klin-Gon, o Big Ben Kenobi, que cantou uma música do Moulin Rouge sobre um peixe muito grande. Depois de ter rebentado com o Site prometeu ao moribundo mestre tomar conta do puto, mas teve mandá-lo à tia Alóe Vera para o lavar e mesmo assim teve que usar uma mola no nariz.
Entretanto a padeirinha regressa e o mocinho fica mais parvo que antes, até porque ela não lhe liga peva e só fala em éclaires e broas de avintes. O gajo para se vingar foge para fazer queixa à mãe, mas a padeirita agora mais habituada ao cheiro vai com ele.
Chegam lá e o antigo dono da mãe do Aniki diz-lhe que vendeu a mãe ao perneta… E lá vão eles à procura do perneta, e encontram-no pois o gajo não andava muito depressa, aliás nem andava, rolava na cadeira de rodas, chegando a atingir os cem nas descidas (mas o problema é que ele vivia numa planície). Mas a mãe tinha sido raptada pelos ladrões do deserto…
O Aniki que já estava fulo com o Big Ben Kenobi que não o deixava avançar no treino Jedai e o empurrava sempre para o canto, ao receber aquela notícia, põe o capacete, salta pá scooter e lá vai ele dizimar ratos do deserto a torto e a direito, mas entusiasmou-se tanto que não chegou a tempo de a salvar.
Entretanto o Imperador (o velho) está sempre a par do que se passa com o jovem Bóbó, tecendo a sua urdidura para o fazer gostar do lado negro com força.
“Já viste que todos os outros têm um sabre maior que o teu?”
“Acho que já merecias um sabre maior e mais luminoso!”
“Eles têm medo que o teu sabre os magoe, principalmente o verdinho por ser pequenino…”
No final o Conde Do-cú corta-lhe a mão para ele não brincar mais com o sabre. Mas o gajo põe uma mão falsa como a da avozinha e lá continua a treinar-se na casa de banho agora ainda mais que antes, porque já não se cansava tanto.
O que é certo é que depois do episódio da scooter o Aniki ficou com a mania das motos e decidiu encomendar um capacete preto todo kitado, que tinha visto nas longas horas passados no e-bay.
O Imperador é raptado pelo Do-Cú mas o Aniki e o Big Ben vão salvá-lo. No final o Aniki mata o Do-Cú.
A Padeira entretanto engravida e o moçoilo começa a perder o interessa e pergunta-se porque razão o Big Ben não lhe dava o que ele mais queria. Nem ele nem os outros todos. Muito menos o verdinho que não o podia ver à frente… só por trás… E o Imperador começa a insinuar-se cada vez mais:
“Sabes que nos becos escuros podes brincar à vontade e ninguém te vê…”
“Mas o Big Ben e os outros dizem que não é seguro brincar lá…”
“Por eles também não brincavas com a Padmé de Aljubarrota, que caso não saibas vai morrer, e depois acaba-se a brincadeira de vez…”
“Eu sei, eu sei… já vi o trailer…”
“Mas sabes que os trailers não são definitivos. Nos becos escuros há muitas maneiras de resolver esses problemas.”
“Hmmm, cá para mim és tu o verdadeiro mau da fita… queres levar-me para um beco escuro para trair os Jedais, tu és um Site maldoso, és, és, e eu vou dizer…”
“Pois sou… HAHAHAHAHAHA”
“Ai é? Seu feio, seu mau! Vou já chamar os outros para te prenderem”
“Ok, então até já”
Aqui é que a porca torce o rabo (é uma cena que foi cortada, mas há testemunhas que a viram fazê-lo) e o careca, o cor-de-rosa e outro que já não me lembro de que cor era, vão prender o Imperador (o velhote), mas mandam o coitado do Aniki à fava, com desculpas do género: porque blá-blá… podia ser que… e tal… blá-blá… beco escuro… à noite… pimba… e estragava-se tudo.
Mas chegam lá e levam um enxerto de porrada do velho e o Aniki acaba por matar o careca quando este lhe pedia ajuda, pois lembrou-se que talvez não fosse má ideia alterar o trailler. (O que o estúpido não sabia é que os episódios seguintes já estavam feitos).
Daí o gajo ajoelhou e prestou juramento ao novo mestre e passou a chamar-se Dartavader. E lá foi e matou os Jédis todos: grandes, médios, pequenos, excepto, o Big Ben que estava em França, e o verdinho que andava a jogar pau com os ursos.
No final, com muita sorte, o Big Ben vence ao Aniki, e fá-lo em postas de pescada. O que não sabia é que este já tinha o equipamento de motoqueiro encomendado com capacete, capa e tudo e assim tornou-se num motard que andou pela galáxia a acertar o passo a toda gente.
A coitada da Padmé acabou mesmo por morrer, mas deixou dois filhotes. O Lucas e a Leia que fizeram um grupo de musica choninhas brasileira.
Agora num trabalho de Sherlock percebe-se perfeitamente que a culpa disto tudo é do perneta. Se o gajo não tivesse mau gosto, deixava a mãe com o gajo das asitas, que ela nunca era raptada pelo gang do deserto, e o Aniki não libertava a sua raiva e dizimava uma galáxia para acalmar a frustração.
Por outro lado, resta dizer que tal como os Elfos, os Jedais mereceram bem o seu destino: Erradicação. Então não é que os gajos não podem sentir raiva, não podem ter mulheres (ou homens, ou extraterrestres, nem porcos, nem cabras), não podem ter carros ou motas, nem podem matar os piores inimigos… Mas afinal para que é que servem? Ainda bem que se foram…
Mas como o que é bom não dura sempre e saga que é saga não acaba, o Lucas cresce e acaba por se tornar no mais picuinhas e mariquinhas dos Jedais. E levou o Dartavader assim o maior castigo. Ter um filho... pronto… assim…
Mas como dizia antes de me perder, raios partam o perneta… e para o diabo com as suas boas intenções. Se com uma perna só fez sofrer uma galáxia inteira, que faria se tivesse duas…
Paulo

quinta-feira, abril 26, 2007

Peso na consciência

Decidi perguntar um dia à avozinha, o que queria dizer a expressão: “ter um peso na consciência”, ao que ela respondeu:
- Olha fedelho, é sentires-te mal com alguma coisa…
- Tipo dor de barriga vó?
- Não…
- Hmmm, então já sei… é tipo ter febre! Estar muito doente!
- Nãaaaaaao! Olha, imagina esta situação: Fazes uma coisa má e que sabes que não devias ter feito, percebeste?
- Ah, já sei, tipo quando me mandaste limpar os degraus do prédio e as sanitas com a escova de dentes, e me obrigaste a lavá-los no fim?
- NÃAAAAAAO! Imagina esta situação, estragaste alguma coisa à avozinha e o Jaime pagou as favas, não te sentes um bocadinho mal com isso?
- Ahhhhhh, já percebi! Isso aconteceu ontem, quando eu parti os pratos e o Berto ficou com as culpas…
- Ai, afinal foste tu!!!!
- Fui e senti-me mesmo mal…
- Pronto… Já que admitiste, eu perdoo-te…
- Pois é, até porque eu pensei que ele ia levar uns choques eléctricos e afinal só levou com o Tommy Lee... e já agora avozinha, fui eu que fumei os teus cigarros e bebi o teu chá, te denunciei à polícia daquela vez que…
PAFFFFFFFFF! PAFFFFFFFFFF! PAFFFFFF! PAFFFFFFFF! PAF! E PAFFFFFFF!
Posso dizer agora, que nem sempre confessar, nos retira o peso da consciência. Neste caso o peso durou cerca de três semanas, mas foi uma lição bem aprendida…

Paulo





sexta-feira, abril 20, 2007

sexta-feira, março 30, 2007

Kumbaya

Kumbaya, my Lord, kumbaya! Cantávamos nós num dos fantásticos serões de Sexta-Feira, enquanto dançávamos à volta da fogueirita no terraço do edifício onde a avó morava, atropelando a Pam que ficava estendida de costas a revirar os olhitos vítreos depois de fumar o seu cigarrito. A vó, por sua vez, preferia ficar gesticulando a invocar demónios só para depois lhes enfiar fogos de artifício nas cuecas e reenviá-los de volta para o Inferno. Ria-se como uma tonta enquanto a língua lhe caía para fora da boca.
Mais tarde, completamente derreados sentávamo-nos a sacrificar algum político com os bonequinhos vudu que íamos criando, dando-lhes choques eléctricos na cabecita para ver se começavam a pensar melhor. Mas neste particular serão ninguém teve vontade de tentar o impossível, preferimos então dedicarmo-nos a algo mais simples como abrir um portal dimensional, para a terra da fantasia e ir dar umas fadas ao feiticeiro de OZ… ele gostava muito delas com batatinhas assadas…
Já o ar à nossa frente a tremelicava por acção da distorção espaço-tempo que indicava a abertura para outra dimensão, quando o Jaime pergunta: “Vozinha? Que raio quer dizer Kumbaya?” e pronto, quebrou a concentração, e se não fosse a avozinha com o seu sangue frio (tinha sempre uma garrafinha cheia dele), o portal podia ter engolido todo o universo.
Já se sabe o que aconteceu de seguida: PAFFFF! Ganda Tommilada no Jaime (Tommilada é o acto de acertar com o Tommy Lee na cabeça de um neto com bastante força, produzindo um som seco e uma dor excruciante).
Ó Pá! Respondeu ela. Kumbaya que se pronuncia Kum Ba Yah, é uma música utilizada para pedir que espíritos malignos altamente anafados, nojentos e bem apetrechados nos sodomizem pela retaguarda brutalmente todas as noites para os restantes dias das nossas vidas.
Por isso é que eu nunca canto essa coisa… Para quem duvida ficam aqui bocadinhos da letra:
Kum ba yah, my Lord, Kum ba yah!
Hear me praying, Lord, Kum ba yah!
Hear me crying, Lord, Kum ba yah!
Someone’s laughing, Lord, Kum ba yah!
Hear me singing, Lord, Kum ba yah!
Já dizia a avozinha quem canta ao Kumbaya no Kumleva...
Paulo

terça-feira, fevereiro 27, 2007

O Super-Homem

Estávamos sentadinhos e aconchegadinhos numa poça de água gelada aos pés da avó, para que ela não os molhasse, quando ela ficou com o olhar apontado para um ponto imaginário no firmamento durante alguns momentos para depois nos perguntar:
“Sabem o que é aquilo ali no céu?” Nenhum de nós via puto então decidimo-nos por atirar ao calhas: “É um pássaro, Vó?” perguntei eu. Logo de seguida o Jaime: “é um avião?”. e por fim o Filipe “Um maremoto?”. E aí, BZZZZZT!!! Para logo de seguida de seguida, ARRRGHHH! Deu-lhe um choque com o seu taser novinho (ela andava doida por experimentá-lo), deixando-o com a língua dormente durante três semanas e a pilinha parece ter Parkinson até aos dias de hoje (ground zero), o que se calhar nem é mau, é pena ele ter que usar talas para a segurar.
“Não! Estúpidos! É o Super-Homem! Quem mais usa roupa tão estúpida?” Replicou finalmente ela.
“A sério Vó?” perguntamos em uníssono, tirando o Filipe que disse: “alhlhélhiu ó?” Mas nesta altura ela já não nos ouvia, saltou por cima de nós, deixando uma impressão do seu pé na minha cara, outra nas costas do Filipe e a impressão do Tommy Lee no traseiro do Jaime (deviam ter visto o sorrisinho na cara dele).
Já sabíamos. Ela ia directa para a Bat (Piiii), vestir o seu Bat (Piii), pegar no seu Bat (Piiii) para ir combater o crime transformada no herói que se assemelha a um morcego, conhecido como: Bat (Piiii)! Desculpem a censura, mas ninguém pode saber a sua identidade secreta.
Nestas alturas nós ficamos agarrados uns aos outros a tremer e a temer por ela. Quando saía assim algo grave se passava. Voltaría para casa? Ou iríamos encontrá-la na morgue, ou no cemitério? É que ela depois de combater o crime gostava de ir jogar cartas com o coveiro, o tipo da mortuária, o gajo da fábrica de salsichas e às vezes com o Mac dos hambúrgueres. No entanto podia ser pior… Podíamos encontrá-la caída num beco qualquer ou numa valeta, a fazer concorrência desleal aos mendigos e inválidos. Já tinha acontecido antes… foi terrível… ganhou balúrdios e foi difícil convencê-la a dar o dinheiro para caridade. Tão difícil que nunca o deu.
O caso desta vez era simples: um marciano estava a fazer sinais com espelhos de casa dele para um familiar cá na Terra, cegando o Super-Homem que por ali passava. Ora, ele desgovernou-se, assumindo uma trajectória de colisão com um bando de andorinhas que estavam em migração para o Sul.
A tragédia era iminente, mas ela chegou a tempo de usar a sua Bat-rede-para-apanha-de-heróis-voadores-desgovernados-carregada-de-kriptonite e impedir a catástrofe, que vistas bem as coisas, não era assim tanta, pois podíamos ter tido passarinhos para o jantar.
Mas, resumindo, como não era Sexta-Feira a avó voltou logo para casa para ver a sua Novela. Aliás, até me espanta ela ter ido pois quando saiu já só faltavam quatro horas, e que nada faça a avó perder a sua Cida-Velha (é o nome da novela), pois fazer uma mulher perder a novela é como meter a boca num tubo de escape a ferver, já dizia a minha avozinha, e não tinha dentes…

Paulo

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Ano da Cabra - As previsões para 2007

RATO (Shu)
São uns parasitas da sociedade. Por norma são toxicodependentes e seropositivos. Não podem ver pó que vão logo inalar. A maior parte dos Ratos, morre de overdose, ou acaba a vida a lamber selos nas estações dos correios devido à adição que desenvolvem à cola. Em último caso trabalham em grandes armazéns nas docas, e pelo rancor que desenvolvem em relação à sociedade costuma urinar em cima dos produtos que deveriam acondicionar, o que faz que acabem normalmente castrados pela queda de objectos…
BÚFALO (Niu)
Ora, nem mais, são tão cornudos, que servem para antenas de TV. Normalmente são também touros no zoodíaco comum. Não resistem a ser encornados. Casam-se e arranjam parceiros só para esse fim. São voyeurs incorrigíveis. Morrem e matam por paixão, embora a tendência para o drama os faça matarem-se primeiro a si próprios.
TIGRE (Hu)
Gatinhos, tadinhos, miau miau, ron-ron, davam belos tapetes era o que davam. Rosnam que se fartam, mas no fundo é só peidinhos. Assustadiços como são, borram-se de medo da própria sombra e são vítimas de violência doméstica. Se não casam, seguem o sacerdócio ou acabam por morrer de fome. Seja como for são propensos a ter acidentes em casa escorregando vezes sem conta na banheira, batendo vinte ou trinta vezes com a cabeça até morrerem.
COELHO (Tu)
Já viram? Tal como o bicho que os representa, andam enganados toda a vida. Pensam que são gatos e afinal nem chegam a lebres. Pensam que as pessoas os querem acarinhar, e mais uma vez tal como os bichos com que eles se confundem, acabam apenas na panela. Só estão bem quando estão a ser comidos, e ainda assim sentem-se especiais. Lorpas… Já agora, a Pam é coelho, para quem dúvida do que eu estou a dizer…
DRAGÃO (Long)
Não vão longe. Tal como os dragões, estes nativos são fisicamente grandes e poderosos, mas tal como os anteriores, desaparecem sem deixar rasto de um momento para o outro. Isto só pode significar uma coisa: São burros que nem calhaus, com a diferença que até nos sapatos encontramos pedras. E essas sabem como durar, e há algumas que são bem boas fumaditas (estou a falar da sauna, dahhhh). No fundo, os dragões são uns estafermos.
SERPENTE (She)
A serpente ofereceu a maçã à Eva ao pequeno-almoço e o Adão pagou as favas ao jantar. É preciso dizer mais alguma coisa sobre estes? A Eva obviamente era serpente. Por norma terminam a carreira dentro de malas de pele de crocodilo ou dentro dos próprios crocodilos. Porque será? Vivem pela espada e morrem esfaqueados.
CAVALO (Ma)
Só estão bem com alguém às costas. Enquanto ninguém os monta sentem-se infelizes. A maior parte dos/as profissionais da prostituição são deste signo ou têm-no como seu ascendente. Costumam ter sucesso também em filmes pornográficos. Dizem que os nativos deste signo são abonados... como o Teodoseo… ahhhhh… embora ele gostasse que eu lhe salt… bem esqueçam…
CABRA (Yang)
Eu sou provavelmente a única cabra decente e inteligente. As outras são mesmo cabras e os do sexo masculino são, ca…ões. Costumam fazer parceria nas ruas ou nos filmes com Cavalos. Gostam de ambientes rupestres e por norma são sodomizadas por gentes ligadas à agricultura. Não casam, têm múltiplos parceiros e carradas de filhos. Todos eles lhe levam o couro e o pêlo. Por norma nas gentes deste signo o incesto é comum.
MACACO (Hou)
Que se pode dizer de alguém cujo signo inspira músicas do José Cid? Nem vou por aí. Só estão bem mesmo com bananas na boca e mesmo assim grunhem que se fartam. Não param quietos e a sua actividade leva-os a fazer parte de experiências cientificas. Tão limitados que são, o cérebro é-lhe retirado e eles nem dão pela falta. Ah, têm tendências homossexuais, o que por si não é problema, excepto serem os últimos a saber. Basta dizer que lhes fazem de tudo nas costas, por exemplo o macaco que inspirou o Cid ainda hoje não sabe de nada e no entanto anda aí com um sorriso de orelha a orelha a cantar: “como o macaco gosta de banana…”
GALO (Ji)
Crista no ar, mas como os outros, quem manda é a galinha. São cantores de ópera frustrados pois parecem ter os testículos na garganta, o que limita o alcance vocal. São concorrentes ideais para programas como o Ídolos. Não têm um tostão na algibeira, vestem mal, são gozados por todos, e mesmo assim, andam sempre de peito inchado, morrendo frequentemente atropelados ao tentar ajudar as mulheres a atravessar a estrada, sem olhar para os lados. Agora percebem porque a galinha atravessa a estrada…
CÃO (Gou)
Vida de cão diz tudo sobre estes. Chutados, enxovalhados, abandonados, abatidos, raivosos, etc. Este ser é o protótipo perfeito de indigente e enjeitado, o que não quer dizer que não hajam cães com sorte, há-os e muitos. Os cães são pessoas tão fiéis que chegam a implorar que lhes batam, assumindo as culpas por todos os males do mundo. Estúpidos como são, acabam sempre condenados à cadeira eléctrica por confessarem crimes que nem fazem ideia de como se cometem.
PORCO (Zhu)
Por fim, os que mais afecto me induzem. Normalmente são pessoas perfumadas e de alto requinte. Vivem enfiados nos WC, a olharem-se ao espelho com palhinhas no nariz e são adeptos do sexo anal… Entre alguns porcos famosos temos o Pai Natal, o Zeus, o Róbim, o Jaime, a carraça de estimação do Filipe (ou será ele que é de estimação da carraça? Sempre coladinhos), o Coelho da Páscoa, os Fiscais, a maioria dos políticos, advogados, a Pipi das Meias Altas, a capuchinha vermelha, e... Ah, eu também sou um bocadinho porquinha… é o meu ascendente…
Paulo