Carnaval
Segundo a avó, o Carnaval, tinha raízes, se é que se pode usar esta expressão, no Paganismo. Isto porque se tinha desenvolvido na altura do ano em que se fazia a Paga da Carne ao talhante, há muitos anos atrás. Quando alguém não pagava, era assombrado durante uma noite inteira pelos restantes vizinhos mascarados com as peles de animais e outras máscaras que de alguma forma representavam os animais na vida e na morte, dando azo a todo o tipo de disfarces macabros.
Mas como se mudam os tempos e se inventam verdades, o que é certo é que com a abertura de estabelecimentos próprios para o comércio de animais vivos, mortos e assim-assim, tais como os talhos, os bordéis e os clubes de futebol, a tradição ameaçava cair em desuso, não fosse a populaça ter de tal forma enraizada (lá estou eu com os tubérculos outra vez) esta festa carnal, que passou a ser instituída como um simples baile de máscaras, apesar de em alguns países, para manter a dita tradição, ainda se matam pessoas para ajustes de contas. Lá estão os insaciáveis açougueiros sempre desejosos de fazer o gosto à faca ou à pistola ou ao taco de basebol, ou… percebem, não é?
Com a avozinha até à Terça Gorda era sempre a enfardar com o Tommy Lee, pôr o Rei Momo a arder, fazer as tropelias que começam de manhã com ela a atirar farinha e ovos nos netos, e a correr desvairada deixando armadilhas e pregando partidas. Nós como resposta colocamos-lhe umas bombinhas nas cuecas… É Carnaval… ninguém leva a mal…
Era correr atrás do rabo, que normalmente era da Pamela, e depois mandá-la caçar gambuzinos com um saco. Todos os anos caía na mesma e lá ía perguntando pela rua onde os havia.
Mas um Carnaval que nos há-de ficar na memória, foi quando o Jaime estava a vestir o seu traje de cowboy e lhe disseram que a Calamity Jane era uma mulher. Ficou triste, mas resolutamente fez questão de procurar um traje apenas usado por homens e com o qual se identificasse, assim, depois de muito procurar decidiu-se por se mascarar de Drag Queen, ou como nós lhe passamos a chamar, Arrasta-te Rainha.
O Filipe vestiu-se de Hulk, utilizando basicamente a caca que lhe escorria do nariz para espalhar no corpo todo ficando com um aspecto verdalengo e luzidio.
O Berto que andava um bocado tristonho, e de trombas, acabou por se disfarçar de homem-elefante.
Eu comecei por tirar a máscara que usava durante o ano e fiquei um perfeito homem das cavernas, mas depois mudei de ideias e, utilizei os restos de tinta cinzenta que tinha lá por casa, e pintei-me todo dos pés à cabeça e fiquei um autêntico Michael Jackson, a avó até se ofereceu para me arrancar o nariz com o Tommy Lee. Ganhei o prémio de grupo, pois com os 30 netos que se juntaram a mim com as suas roupas de domingo todas esfarrapadas e os seus ares escanzelados fizemos uma bela versão do thriller…
A Pamela estava indecisa entre o seu traje de cabedal ou o de Wonder Woman. Por fim decidiu-se por ir disfarçada de batata.
A avozinha surpreendeu-nos a todos, pois disfarçou-se tão bem que não a vimos durante a noite toda. Descobrimos depois que se tinha vestido de Mulher Invisível. Espectacular! Só não percebo como não ganhou o 1º prémio…
Graças a esta ideia da vozita, decidi para esta noite, irmos de Quarteto Fantástico e vai ser até bastante fácil e económico:
Como avó ainda está para fora, a Pamela toma o lugar dela de Mulher Invisível, O Filipe pode ir de Coisa, afinal já tenho as pedras pintadas de cor-de-laranja e só estou indeciso entre usar cola, ou encostá-lo à parede e atirá-las até ficarem bem espetadinhas no corpo todo.
O Jaime pode ir de Sr. Fantástico (homem elástico), é só usar o espremedor de roupa antigo da avó para o esticar.
Eu serei o Tocha-Humana. Já tenho o bidão de gasolina e os fósforos para me pôr a arder quando a hora chegar…
Mas como se mudam os tempos e se inventam verdades, o que é certo é que com a abertura de estabelecimentos próprios para o comércio de animais vivos, mortos e assim-assim, tais como os talhos, os bordéis e os clubes de futebol, a tradição ameaçava cair em desuso, não fosse a populaça ter de tal forma enraizada (lá estou eu com os tubérculos outra vez) esta festa carnal, que passou a ser instituída como um simples baile de máscaras, apesar de em alguns países, para manter a dita tradição, ainda se matam pessoas para ajustes de contas. Lá estão os insaciáveis açougueiros sempre desejosos de fazer o gosto à faca ou à pistola ou ao taco de basebol, ou… percebem, não é?
Com a avozinha até à Terça Gorda era sempre a enfardar com o Tommy Lee, pôr o Rei Momo a arder, fazer as tropelias que começam de manhã com ela a atirar farinha e ovos nos netos, e a correr desvairada deixando armadilhas e pregando partidas. Nós como resposta colocamos-lhe umas bombinhas nas cuecas… É Carnaval… ninguém leva a mal…
Era correr atrás do rabo, que normalmente era da Pamela, e depois mandá-la caçar gambuzinos com um saco. Todos os anos caía na mesma e lá ía perguntando pela rua onde os havia.
Mas um Carnaval que nos há-de ficar na memória, foi quando o Jaime estava a vestir o seu traje de cowboy e lhe disseram que a Calamity Jane era uma mulher. Ficou triste, mas resolutamente fez questão de procurar um traje apenas usado por homens e com o qual se identificasse, assim, depois de muito procurar decidiu-se por se mascarar de Drag Queen, ou como nós lhe passamos a chamar, Arrasta-te Rainha.
O Filipe vestiu-se de Hulk, utilizando basicamente a caca que lhe escorria do nariz para espalhar no corpo todo ficando com um aspecto verdalengo e luzidio.
O Berto que andava um bocado tristonho, e de trombas, acabou por se disfarçar de homem-elefante.
Eu comecei por tirar a máscara que usava durante o ano e fiquei um perfeito homem das cavernas, mas depois mudei de ideias e, utilizei os restos de tinta cinzenta que tinha lá por casa, e pintei-me todo dos pés à cabeça e fiquei um autêntico Michael Jackson, a avó até se ofereceu para me arrancar o nariz com o Tommy Lee. Ganhei o prémio de grupo, pois com os 30 netos que se juntaram a mim com as suas roupas de domingo todas esfarrapadas e os seus ares escanzelados fizemos uma bela versão do thriller…
A Pamela estava indecisa entre o seu traje de cabedal ou o de Wonder Woman. Por fim decidiu-se por ir disfarçada de batata.
A avozinha surpreendeu-nos a todos, pois disfarçou-se tão bem que não a vimos durante a noite toda. Descobrimos depois que se tinha vestido de Mulher Invisível. Espectacular! Só não percebo como não ganhou o 1º prémio…
Graças a esta ideia da vozita, decidi para esta noite, irmos de Quarteto Fantástico e vai ser até bastante fácil e económico:
Como avó ainda está para fora, a Pamela toma o lugar dela de Mulher Invisível, O Filipe pode ir de Coisa, afinal já tenho as pedras pintadas de cor-de-laranja e só estou indeciso entre usar cola, ou encostá-lo à parede e atirá-las até ficarem bem espetadinhas no corpo todo.
O Jaime pode ir de Sr. Fantástico (homem elástico), é só usar o espremedor de roupa antigo da avó para o esticar.
Eu serei o Tocha-Humana. Já tenho o bidão de gasolina e os fósforos para me pôr a arder quando a hora chegar…
Paulo