terça-feira, junho 19, 2007

O Cogumelo-Mágico-Mas-Não-Muito

Eu (Filipe) e o Paulo (Paulo), ficamos um dia encarregados de tomar conta dos outros netos da avó (ela tinha ido salvar o mundo, ou tentar destruí-lo – dependia do humor com que acordava), quando decidimos entretê-los, contando-lhes uma aventura da avozinha, que ela por sua vez já nos tinha contado a nós. Então amarramo-los todos às cadeiras e começamos em uníssono (quase que adormecíamos):
Era uma vez... numa terra muito perto, tão perto que se tropeçava constantemente nela, e lá existia um cogumelo-mágico-mas-não-muito, guardado por um terrível dragão anão, cegueta, muito velho, sem dentes e que já não cuspia fogo (utilizava um maçarico, que não tinha gás).
O cogumelo-mágico-mas-não-muito, encontrava-se na parte mais baixa da torre onde toda a gente o podia ver facilmente. Encontrava-se fechado numa redoma do mais puro vidro dos chineses e cuja chave se encontrava metida na fechadura e por isso ninguém conseguia abrir a porta...
Claro, para abrir a porta tinha-se que rodar a chave para a direita, mas ninguém se lembrava disso… Jamais, e é então que surge o mágico, que era um velho anão desdentado (parece-me que já havia outro personagem parecido). Ele era mágico porque com o único dente que possuía, conseguia abrir uma lata de cerveja, ainda que naquela altura não existissem latas de cerveja, e não era por falta de latas, mas ninguém sabia para que servia a cerveja.
Um dia, o anão desdentado (o mágico) tentou falar com o dragão (dragão), mas era impossível, pois sem dentes não se percebia népias do que dizia (e não adiantava de nada, o dragão também era surdo) e só possuía uma asa (que era surda também). De qualquer modo, ele também era mudo, e a vizinha dele não lavava os pés, o que apenas alimentava cada vez mais o poder do cogumelo-mágico-mas-não-muito, que afinal não era um cogumelo, mas sim um fungo.
O povo passava por ele exclamava: olhó cogumelo-mágico-mas-não-muito. E ele respondia baixinho fungo-mágico-mas-não-muito, fungo-mágico-mas-não-muito… Raios!! Estou farto de os corrigir... gostava de ver se os chamassem de... homo-sapiens-mas-não-muito-sapiens. He!He!He!He!
E foi então que um dia começaram a chover folículos (seja lá o que isso for, foi o que percebemos quando a avó contou) do céu e então o mágico mandou chamar a avó que ainda não era desdentada, nem surda, nem cega, e já tinha lavado os pés uma vez na vida. Ela, feita estúpida foi ter com ele.
Quando chegou ao pé do mágico (ele tinha um pé maior que o outro – bem maior) ele disse-lhe tens que ir à torre apanhar o cogumelo-blá-blá-blá, mas para tal, terás que abrir a porta da torre baixa, e para isso, primeiro terás que conjurar um demónio (e pode ser em lume brando), para enganar o duende do fundo da montanha que por sua vez assobia ao seu dragão que chama o papão que acorda a criancinha que deverá escrever uma carta ao pai natal pedindo-lhe que lhe diga onde está a chave que ele tinha escondido debaixo do tapete da porta, mas que agora está na fechadura à vista de todos, e que ninguém sabe que é preciso rodar para a direita. Mas antes…, Antes ainda terás que conseguir as Trompas de Falópio de uma virgem escuteira com as mm… mm, ora, bem avantajada, chamada Pamela senão vai acontecer algo terrível. Quase tão terrível quanto a extinção das chiclas super gorila.
E a avozinha respondeu: Hein? E o mágico (mudo, desdentado e anão) retorquiu: Tu (velha-feia) busca cogumelo-blá-blá-blá ou arranco-te o esmalte dos dentes à estalada. Ao que a avozinha respondeu: Hein? E de seguida (censurado, dor, dor, censurado) e a avozinha toda torta e rebentada no chão tentando abrir um olhito disse de novo: Hein?
O mágico encolheu os ombros e começou de novo a explicar à avó a sua missão até que esta gritou: EUREKA!!!
E o mágico animado perguntou: Já percebeste?
Hein? Nahhhh! Expeli uma coisa que está viva… Finalmente! Ou não… Olha, afinal está morta, dooooh…
Foi então que apareceu a Eureka, desvairada como de costume e disse: Chamaram? Olhou para a coisa que a avó tinha expelido e quis adoptá-la, mas o mágico disse: Não vale a pena... Está morta. A Eureka não teve remédio senão suicidar-se e nunca mais ninguém a viu.
Dizem que está enterrada ao pé do cogumelo(fungo! Ó palhaço)-mágico-mas-não-muito, e por causa disso a avó e o mágico anão foram para os copos, expelindo-se para o cogumelo, para a chave e até para a Pamela.
Xaraaaaaa!
The End…

Filipe: Ganda história!
Paulo: Pois é!
(silêncio)
Paulo: Nahhh! Estávamos a brincar…
Filipe: Claro que isto não acaba assim de uma forma tão parva…
Paulo: No final eles foram para os copos e levaram a Pamela – Precisavam de um suporte para copos. The End.
Filipe: É, assim está bastante melhor…
Paulo: Achas? Eu ainda penso que devíamos ter incluído o Colosso de Rhodes…
Filipe: Pronto! Quem serviu os canecos foi o Colosso de Rohdes! The End.
Paulo: Mas, mas… Falta também um bocadinho de erotismo para aumentar o interesse…
Filipe: Pronto! O Colosso estava nu. The End.
Paulo: Nahhh isso é hard-core, quando muito estava em lingerie…
Filipe: OK, Era um colosso travesti…
Paulo: Daí ele parecer tão grande... era drag-queen. Em cima daquelas chancas qualquer um parecia um colosso…
Filipe: Eram as chancas-mágicas-mas-não muito…
Paulo: Ok! Ok! Chega! THE END!
Uff!!
Filipe: Ganda história…
Paulo: Podes crer, a nossa ainda foi melhor que a da avozinha…
Filipe: Pois, pois, e já dizia a avozinha: Assim do pé para a mão, a diarreia mais espontânea é a que pior cheira…
Paulo: Ela dizia isso?
Filipe: PAFT! Shhhhhhhh… Cala-te!
Paulo: (censurado)

Filipe & Paulo