Toda a verdade sobre os… Metallica
Estava a avó a adormecer-nos, terminando de tocar o “Sympathy for the Devil”, numa imitação perfeita de Mick Jagger – demorou cerca de quinze minutos a meter a língua para dentro e fechar a boca, e uma vez mais entusiasmou-se, saltou de cima da cadeira, furou o amplificador com a guitarra, partiu-a contra o chão, lançou-a contra a testa do Emiliano enquanto berrava como uma louca para delírio dos presentes que choravam de emoção. Ela chegou mesmo a tirar as cuecas e enfiá-las na boca do Jaime para o calar dizendo: “Isto é bem melhor que um autógrafo ou uma t-shirt”.
Pegou num garrafão de água despejou pela sua cabeça abaixo acendeu um cigarro e atirou-se de costas fazendo moche para cima de um grupo de netos que por alguma razão não mais voltamos a ver…
Depois de muito ser carregada pelas mãos dos seus netos pela sala e caminhar pelas suas cabeças, só quando tombou com um baque surdo (TUNK) no chão, pertinho de nós é que notou que algo não estava bem…
“Ó seus #$%&&@ porque é que ninguém me agarrou?!?”
E lá estava, era o Jaime que estava distraído com os headphones a ouvir o seu ranchinho favorito: As Vozes da Cova.
A avó agastada com tal demonstração de anormalidade e monstruosidade, deu-lhe uma cacetada: PTANK!
“Isto fez-me lembrar a primeira banda que eu tive, com o Zé Pifle, o Maneta Guitarrista e o Manel Panderetas… Ah, ainda me lembro, quando começamos, não tínhamos bateria, então usávamos a perna de latão que o Maneta Guitarrista tinha (esse era o nome artístico, o seu verdadeiro nome era Freddy Mercúrio), assim, aqui a avozinha era a vocalista, o Zé Pifle tocava viola baixo (baixo porque o volume do amplificador não funcionava lá muito bem), o Maneta guitarrista tocava solos (era fanático do starwars) e o Manel Panderetas tocava na perna do Maneta.
Tudo apostos, na primeira reunião, queríamos decidir que tipo de musica iríamos tocar, e tivemos algumas divergências: o Manel disse que gostava muito de tecno-punk-fado, e o Zé era mais coro de igreja com black metal, o Maneta era surdo, portanto para ele qualquer coisa servia, e como era mudo, também não se podia queixar. Eu queria uma sonoridade diferente, algo que fosse tipo marselhesa com rancho e uma mistura de batuque neo-zelandês, mas mais refinado. Por fim, não ficou parecido com nada disso, primeiro porque nenhum deles sabia tocar e também porque mais tarde, quando a perna se amassou, fomos obrigados a trocá-la por latões do lixo. O novo movimento musical ficou conhecido como Trash Metal Can (o Can foi abandonado pois as bailarinas de can-can, não paravam de enviar candidaturas para a banda).
Éramos também a primeira banda de celeiro (não haviam garagens), e como tal, toda a gente se queixava dos gritos de dor que saiam dos instrumentos musicais. Fomos obrigados a acolchoar o celeiro todos com caixas de ovos vazias, só que nem sempre estavam vazias, e por vezes os ovos saltavam de todo o lado com o barulho, daí o primeiro single, "flying omelet ", que foi um tremendo de um sucesso no underground. No underground, porque nem tudo foram rosas, pois o single fez sucesso, quando fomos expulsos pelas galinhas, que reclamavam dos malefícios das músicas para os seus filhos e ao mesmo tempo exigiam royalties, o que nos obrigou a ir para os subterrâneos. Nessa altura, o Maneta afundava-se no vício... comia gelatina de limão como louco. Ninguém podia contar com ele, nem para ensaios, nem para concertos, por vezes encontravam-no caído nos becos a cada overdose (isto, porque ele comia a gelatina sempre até ao fim). Até que foi trocado pelo Mustaine que tinha um temperamento muito mais brando e fácil de lidar. Logo de seguida entrou também o Lars, para trocar aquele som de latão da bateria por um som... simplesmente de lata. Pouco tempo depois, o Lars chateou-me tanto por causa da barbie que despedi o Mustaine, mas principalmente porque me disseram que para o seu lugar vinha o Kirk, e eu pensando que era o Kirk Douglas, aceitei… Acabamos por trocar também o Zé pelo Cliff, que infelizmente mais tarde foi substituído, pelo Jason, e agora temos outro, que nunca sei o nome.
O James, ninguém sabe de onde veio… (desconfiaram durante muito tempo que era eu muito mal disfarçada – até hoje, principalmente com a barba grande).
O nome Metallica, surgiu porque eu parecia de ferro, bebia, fumava, levava porrada de toda a gente, mas ficava sempre de pé, então o pessoal quando me via gritava:
Olha, vem aí a Metallica!
Pois é, como vêm a avozinha está ligada a uma das maiores bandas da actualidade. Só grandes músicas… vou tocar-vos algumas do último álbum:
PTANK, PTANK, PTANK, PTANK, SAINT ANGER, PTANK, PTANK PTANK
e depois…
PTANK, PTANK, PTANK, PTANK, SHOOT ME, PTANK, PTANK PTANK
e ainda…
PTANK, PTANK, PTANK, PTANK, TICK-TOCK, TICK-TOCK, PTANK, PTANK PTANK
A banda melhorou bastante depois de álbuns fraquinhos como o “Master of Puppets”, do “…And Justice For All…” e até do “Black Álbum”. Agora sim, faz lembrar os bons tempos em que usávamos como bateria a perna do Maneta…
É como vos digo netinhos: Melhor que Amália só Metallica!
Povo que lavas no riooooo PTANK, PTANK, PTANK, PTANK, que talhas com teu machado as tábuas do meu caixão, PTANK, PTANK, PTANK, PTANK
Pegou num garrafão de água despejou pela sua cabeça abaixo acendeu um cigarro e atirou-se de costas fazendo moche para cima de um grupo de netos que por alguma razão não mais voltamos a ver…
Depois de muito ser carregada pelas mãos dos seus netos pela sala e caminhar pelas suas cabeças, só quando tombou com um baque surdo (TUNK) no chão, pertinho de nós é que notou que algo não estava bem…
“Ó seus #$%&&@ porque é que ninguém me agarrou?!?”
E lá estava, era o Jaime que estava distraído com os headphones a ouvir o seu ranchinho favorito: As Vozes da Cova.
A avó agastada com tal demonstração de anormalidade e monstruosidade, deu-lhe uma cacetada: PTANK!
“Isto fez-me lembrar a primeira banda que eu tive, com o Zé Pifle, o Maneta Guitarrista e o Manel Panderetas… Ah, ainda me lembro, quando começamos, não tínhamos bateria, então usávamos a perna de latão que o Maneta Guitarrista tinha (esse era o nome artístico, o seu verdadeiro nome era Freddy Mercúrio), assim, aqui a avozinha era a vocalista, o Zé Pifle tocava viola baixo (baixo porque o volume do amplificador não funcionava lá muito bem), o Maneta guitarrista tocava solos (era fanático do starwars) e o Manel Panderetas tocava na perna do Maneta.
Tudo apostos, na primeira reunião, queríamos decidir que tipo de musica iríamos tocar, e tivemos algumas divergências: o Manel disse que gostava muito de tecno-punk-fado, e o Zé era mais coro de igreja com black metal, o Maneta era surdo, portanto para ele qualquer coisa servia, e como era mudo, também não se podia queixar. Eu queria uma sonoridade diferente, algo que fosse tipo marselhesa com rancho e uma mistura de batuque neo-zelandês, mas mais refinado. Por fim, não ficou parecido com nada disso, primeiro porque nenhum deles sabia tocar e também porque mais tarde, quando a perna se amassou, fomos obrigados a trocá-la por latões do lixo. O novo movimento musical ficou conhecido como Trash Metal Can (o Can foi abandonado pois as bailarinas de can-can, não paravam de enviar candidaturas para a banda).
Éramos também a primeira banda de celeiro (não haviam garagens), e como tal, toda a gente se queixava dos gritos de dor que saiam dos instrumentos musicais. Fomos obrigados a acolchoar o celeiro todos com caixas de ovos vazias, só que nem sempre estavam vazias, e por vezes os ovos saltavam de todo o lado com o barulho, daí o primeiro single, "flying omelet ", que foi um tremendo de um sucesso no underground. No underground, porque nem tudo foram rosas, pois o single fez sucesso, quando fomos expulsos pelas galinhas, que reclamavam dos malefícios das músicas para os seus filhos e ao mesmo tempo exigiam royalties, o que nos obrigou a ir para os subterrâneos. Nessa altura, o Maneta afundava-se no vício... comia gelatina de limão como louco. Ninguém podia contar com ele, nem para ensaios, nem para concertos, por vezes encontravam-no caído nos becos a cada overdose (isto, porque ele comia a gelatina sempre até ao fim). Até que foi trocado pelo Mustaine que tinha um temperamento muito mais brando e fácil de lidar. Logo de seguida entrou também o Lars, para trocar aquele som de latão da bateria por um som... simplesmente de lata. Pouco tempo depois, o Lars chateou-me tanto por causa da barbie que despedi o Mustaine, mas principalmente porque me disseram que para o seu lugar vinha o Kirk, e eu pensando que era o Kirk Douglas, aceitei… Acabamos por trocar também o Zé pelo Cliff, que infelizmente mais tarde foi substituído, pelo Jason, e agora temos outro, que nunca sei o nome.
O James, ninguém sabe de onde veio… (desconfiaram durante muito tempo que era eu muito mal disfarçada – até hoje, principalmente com a barba grande).
O nome Metallica, surgiu porque eu parecia de ferro, bebia, fumava, levava porrada de toda a gente, mas ficava sempre de pé, então o pessoal quando me via gritava:
Olha, vem aí a Metallica!
Pois é, como vêm a avozinha está ligada a uma das maiores bandas da actualidade. Só grandes músicas… vou tocar-vos algumas do último álbum:
PTANK, PTANK, PTANK, PTANK, SAINT ANGER, PTANK, PTANK PTANK
e depois…
PTANK, PTANK, PTANK, PTANK, SHOOT ME, PTANK, PTANK PTANK
e ainda…
PTANK, PTANK, PTANK, PTANK, TICK-TOCK, TICK-TOCK, PTANK, PTANK PTANK
A banda melhorou bastante depois de álbuns fraquinhos como o “Master of Puppets”, do “…And Justice For All…” e até do “Black Álbum”. Agora sim, faz lembrar os bons tempos em que usávamos como bateria a perna do Maneta…
É como vos digo netinhos: Melhor que Amália só Metallica!
Povo que lavas no riooooo PTANK, PTANK, PTANK, PTANK, que talhas com teu machado as tábuas do meu caixão, PTANK, PTANK, PTANK, PTANK
Paulo & Filipe