Perguntinhas
Perguntei um dia à avozinha porque o céu era azul, e ela pegou no Tommy Lee e CATATUMBAAAAA deu-me com ele na tola. Num outro dia perguntei à avozinha porque havia ondas no mar e ela sorriu para mim e CATRAPIMBAAAA, deu-me com o Tommy Lee de novo na pinha. Mais tarde, nesse mesmo dia, perguntei à avozinha como se formavam as nuvens no céu, ela encolheu os ombros, virou as costas, mas sem que me apercebesse rodopiou rapidamente sobre si mesma, gingou o Tommy Lee e KAPOOOOOOOOWWWWWW acertou-me com tanta força na focinheira, assim tipo entre os dois buraquinhos do nariz, que me arremessou ao longo de todo o corredor de sua casa. O sangue jorrou durante duas ou três horas, e ainda bem que fiquei inconsciente, senão desmaiava – Não suporto sangue.
Percebi então que deviam ser perguntas demasiado pessoais, e eu como criança estúpida que era, tal qual adulto estúpido que me tornei, continuava a importuná-la. Decidi pegar numa chibata e vergastar-me para ser purificado dos meus pecados, entretanto apareceu o Jaime e decidi vergastá-lo antes a ele – senti-me imediatamente melhor, não só porque me senti perdoado, mas porque dei sentido à existência fútil daquele desperdício humano. Agora toda a gente que conheço o vergasta quando tem problemas de consciência. Por exemplo, o Berto não perde uma oportunidade de o fazer pagar pelos seus pecados, apanha-o de costas e ZUUUMBAAA que lá vai disto. Como se não bastasse, usa-o sempre como bode expiatório. Um dia, apanhado em flagrante, até disse à avozinha: Quem estava a espiar as suas conversas era o Jaime, aquele bode! O que eu acho injusto para os bodes, coitadinhos…
Adiante, outro dia qualquer, perguntei a avó como se tinham formado os continentes e oceanos, e claro, estava-se mesmo a ver, uma vez que já tinha aprendido a lição, usei o Jaime como escudo, e o resultado foi tão surpreendente que me senti mal, e lá está, tive que o vergastar para aplacar os meus remorsos. Por falar em aplacar, descobri mais tarde que a formação dos continentes e oceanos tinha qualquer coisa relacionada com as placas tectónicas, o que fez sentido, pois a avó deu cá uma pancada na tectónica do Jaime que ele ficou com um buraco maior que um oceano. Maior até que aquela coisa do filme… é abismal…
Percebi então que deviam ser perguntas demasiado pessoais, e eu como criança estúpida que era, tal qual adulto estúpido que me tornei, continuava a importuná-la. Decidi pegar numa chibata e vergastar-me para ser purificado dos meus pecados, entretanto apareceu o Jaime e decidi vergastá-lo antes a ele – senti-me imediatamente melhor, não só porque me senti perdoado, mas porque dei sentido à existência fútil daquele desperdício humano. Agora toda a gente que conheço o vergasta quando tem problemas de consciência. Por exemplo, o Berto não perde uma oportunidade de o fazer pagar pelos seus pecados, apanha-o de costas e ZUUUMBAAA que lá vai disto. Como se não bastasse, usa-o sempre como bode expiatório. Um dia, apanhado em flagrante, até disse à avozinha: Quem estava a espiar as suas conversas era o Jaime, aquele bode! O que eu acho injusto para os bodes, coitadinhos…
Adiante, outro dia qualquer, perguntei a avó como se tinham formado os continentes e oceanos, e claro, estava-se mesmo a ver, uma vez que já tinha aprendido a lição, usei o Jaime como escudo, e o resultado foi tão surpreendente que me senti mal, e lá está, tive que o vergastar para aplacar os meus remorsos. Por falar em aplacar, descobri mais tarde que a formação dos continentes e oceanos tinha qualquer coisa relacionada com as placas tectónicas, o que fez sentido, pois a avó deu cá uma pancada na tectónica do Jaime que ele ficou com um buraco maior que um oceano. Maior até que aquela coisa do filme… é abismal…
Paulo
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