quinta-feira, abril 10, 2008

José e o Pé de Chulé

Há muito tempo atrás (10-15 minutos), a avó tinha um neto chamado José, uma vaca e a Pamela. Como lhe faltava dinheiro para os cigarrinhos, decidiu convencer o neto a vender a vaca, só que o coitado era um bocado lerdo, como todos os outros, percebeu mal e levou a Pamela. No caminho encontrou um homem que lhe quis comprar a vaca… a Pamela, digo, mas só podia pagar com feijões, mas que não eram feijões comuns... O José perguntou-se que teriam eles de especial, mas quando viu as minhoquitas a passear pelos seus buraquitos não teve dúvidas: que excelente chili com carne que com eles poderia cozinhar…
Depois de os preparar e comer, José ficou radiante e flatulento. Quando chegou a casa sem o tabaco da avó: PAFFFFTTTT! Passou-lhe logo a alegria e por isso foi para a cama almoçado, mas cheio de fome, contudo, devido aos gases… dormiu quentiiiiiiinho… quando acordou fez-se luz na sua cabeça, pois os gases subiram e um dos outros netos decidiu pegar-lhes fogo. Não é que o gás era inflamável? Era pois! Fez-se um belo de um clarão e tiveram todos que fugir pois pensavam que era uma bomba Antónia, mas não, era um gigante gordo com as mamas grandes, que decidira usá-lo como isqueiro para acender o seu charrinho... errr cachimbo…
O gigante, ou Toninho, como era conhecido pelos amigos da sueca, ficou triste quando a chama se apagou, e como tal deu-se o fim do mundo: as galinhas começaram a por ovos de ouro, as harpas começaram a berrar sozinhas, as fadas perderam os seus poderes, a Pam ganhou um cérebro e a avozinha ficou boa comó milho, só que o cérebro tinha fome e tentou comer a avó, no entanto, ela convenceu-o ao invés disso, a fazer uma festa, e assim, despiram-se e começaram a correr em roupa interior pelas ruas: daí a expressão, o fim do mundo em cuecas! Mas como não há finais felizes, houve um espertinho que apareceu em tanga, só para ser diferente, e o mundo começou outra vez…
Com toda esta azáfama o único que ficou a arder, foi o José, mas como o mundo tinha acabado e recomeçado, como se tivessem carregado no reset, o problema que restou, foi que o gigante ficou com soninho e adormeceu em pé, começou a cambalear, tropeçou no coitado do neto da avó e caiu que nem um grande eucalipto na floresta (há boatos que do outro lado do mundo, uma borboleta tenha sido vista a bater as asas. A borboleta, por sua vez, quando interpelada acerca da questão, negou tudo).
O mural (mural mesmo) da história foi que o José que ficou debaixo do Grande Pé de Chulé… e coitadinho… ficou a cheirar mal até aos dias de hoje, pelo que não houve outra solução, senão emparedá-lo nos fundos da casa da avó, onde pintaram um belo mural em sua honra… há quem diga que ele ficou tão orgulhoso quando soube, que ainda agora, não lhe cabe um feijão, mas também, é normal que assim seja, não há espaço!
Paulo fet. Filipe

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